O amanhã estava tão perto... E como deveríamos aproveitar cada instante se a vontade era de parar o tempo? Sabíamos que cada segundo era valioso, que os tínhamos ali, que nos tínhamos por alguns instantes medidos, contados. Precisávamos, de alguma forma, multiplicá-los. Só era possível se dividíssemos o tempo que nos restava entre nós.
E aí a solução foi grudar. Juntar os corpos, passar energia pelos toques, pelos beijos. Sentir a endorfina atingir cada órgão do corpo. Minha pele sentiu os arrepios da tua vontade. E desejou mais pele. E desejou mais tempo. Nosso castigo, ao terminar o nosso tempo, não era a morte, mas a saudade imediata.
O tempo acabou e tivemos que fingir que no dia seguinte o teríamos novamente, que receberíamos a cota diária. O amanhã chegou e cobra caro. Chantageia com as lembranças e pagamos com a falta. Sentimos saudade e ela só está no começo. Penaremos com ela, mas saberemos lidar. Seremos mais fortes.
Continue >>>
E aí a solução foi grudar. Juntar os corpos, passar energia pelos toques, pelos beijos. Sentir a endorfina atingir cada órgão do corpo. Minha pele sentiu os arrepios da tua vontade. E desejou mais pele. E desejou mais tempo. Nosso castigo, ao terminar o nosso tempo, não era a morte, mas a saudade imediata.
O tempo acabou e tivemos que fingir que no dia seguinte o teríamos novamente, que receberíamos a cota diária. O amanhã chegou e cobra caro. Chantageia com as lembranças e pagamos com a falta. Sentimos saudade e ela só está no começo. Penaremos com ela, mas saberemos lidar. Seremos mais fortes.